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Chapter 30 - A Explosão da Vontade

Assim que o Kwon parou de zombar, trocamos um olhar rápido — eu e o Anuran.

Não precisávamos de palavras.

Atacamos juntos.

O sapo foi o primeiro a agir, saltando com agilidade impressionante, a língua disparando como uma lança viva, mirando os olhos do inimigo.

Eu segui logo atrás, tentando flanquear pela direita.

Kwon Hyeok riu.

Simplesmente riu.

Seu corpo brilhou em tons sombrios — ativando a habilidade [Fera Sombria].

Ficou ainda mais rápido.

Num único movimento, ele desviou da língua do Anuran, agarrou-a e puxou violentamente, jogando o guerreiro contra uma árvore com um baque seco.

Antes que eu pudesse completar meu golpe, ele já estava à minha frente.

Senti algo rasgar minha pele — o [Rasgo Noturno] atravessou minha jaqueta como papel, cortando meu braço.

Caí rolando, o ombro latejando de dor.

"Tão rápido...!"

Tentei me levantar, o mundo girando.

O Anuran também se arrastava de volta para a luta, mesmo com um dos braços pendendo de forma estranha.

O bastardo sorriu ainda mais largo.

— Patético. Vocês dois juntos mal valem metade de mim. — debochou.

Ele avançou, decidido a terminar aquilo.

Foi então que senti.

A energia que borbulhava dentro do meu peito.

O sistema sussurrou:

[ Combustão Espontânea - Ativada. ]

Fechei os olhos e deixei a fúria me consumir.

O calor explodiu de dentro para fora.

BOOOOOM!

O chão tremeu. As árvores próximas se dobraram como gravetos.

Uma onda de choque abrasadora atravessou o campo, lançando tudo e todos pelos ares.

Quando abri os olhos, a paisagem tinha mudado.

Cinzas, destroços, pedras queimadas.

Tossei, cambaleando no meio da fumaça.

E então vi — o Anuran.

Ele havia perdido o braço direito no impacto.

O sangue verde escorria do ferimento aberto.

Meu peito se apertou numa dor ainda mais forte que qualquer ferimento físico.

"Não... isso foi culpa minha..."

Engoli em seco, um nó na garganta.

Eu não queria machucá-lo. Jamais.

Mas aquela habilidade... não fazia distinção entre inimigo e aliado.

Ele sabia dos riscos. Eu também sabia.

Mesmo assim, me doía vê-lo daquele jeito.

Ainda assim... o Anuran estava de pé.

Firme.

Seus olhos cravados nos meus.

Não havia ódio neles.

Só determinação.

Só a certeza de que a luta ainda não havia acabado.

Eu respirei fundo, limpando o sangue do canto da boca.

Não era hora de lamentar.

Ainda havia uma batalha para vencer.

Nosso inimigo ainda respirava.

E eu...

Eu lutaria até o fim.

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