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Chapter 37 - Capítulo 37: Festa em Whisky Peak - A Cilada Agradável.

O bando adentrou Whiskey Peak como se atravessasse um portal para um festival sem fim. Confetes coloridos flutuavam no ar, música animada ecoava pelas ruelas de pedra, e mesas repletas de comida e bebida se estendiam por toda parte. A recepção calorosa foi quase sufocante, com sorrisos largos e convites insistentes para se juntarem à celebração.

Sanji, como um marujo faminto avistando terra firme, foi imediatamente engolido por um cardume de beldades locais. Seus olhos giravam em espirais de corações apaixonados enquanto ele distribuía flores verbais e giros elegantes, completamente alheios a qualquer perigo possível. "Oh, minhas lindas flores do deserto! Permitam-me servir-las com a mais sincera das minhas atenções e quem sabe, prepare um jantar que faça seus corações dançarem!" Ele praticamente levitava em meio aos risos e olhares admirados.

Usopp, por outro lado, agarrava-se a Kaya como um náufrago a uma tábua de salvação. Seus olhos percorriam a multidão com evidente nervosismo. "Kaya, querida, lembra do que Axton disse? Esses sorrisos... são demais convidativos, entende? Parece cena de filme de terror antes do banquete canibal!" Kaya, com sua calma habitual, tentou tranquilizá-lo, embora seus próprios olhos também demonstrassem uma ponta de cautela. "Usopp, respire fundo. Axton disse para ficarmos atentos, mas não para entrarmos em pânico."

Nojiko e Nami, com seus instintos de raposa ativada, observavam a arquitetura da cidade com um brilho peculiar nos olhos. "Nami, aquele prédio ali... com aquelas janelas reforçadas e guardas na porta? Cheira o tesouro escondido," sussurrou Nojiko, cutucando a irmã com o cotovelo.

Nami sorriu de forma ladina, seus dedos já coçando por uma possível aquisição. "Com certeza! Podemos inventar uma emergência precisando do banheiro ou algo assim. 'Oh, céus, preciso urgentemente de um banheiro com vista para o cofre!' E enquanto isso..." Ela fez um gesto sugestivo com as mãos, como se estivesse abrindo um cadeado imaginário.

Nojiko concordou, seus olhos desviando para os tecidos sofisticados dos vestidos das mulheres que cercavam Sanji. "E aquele material, Nami... seda pura do North Blue! Cada vestido deve valer mais do que o valor de um navio! Podemos fazer uma inspeção de qualidade mais... íntima." Axton, parado um pouco mais distante com Gin, Johnny e Yosaku, pegou o cochicho das irmãs e balançou a cabeça com um misto de exasperação e resignação. A fortuna que já possuíam parecia não ser suficiente para saciar a compulsão cleptomaníaca das duas. "Deixem elas se divertirem... desde que não causem um incidente antes da hora", murmurou Axton para seus companheiros, que apenas assentiram, mantendo os olhos semicerrados na multidão.

Zoro, fiel à sua natureza, foi fisgado por uma mulher de proporções consideráveis, com bíceps que fariam um tremor gigante. Ela falou animadamente sobre a qualidade do saquê local e o arrastou para um canto mais distante, onde bairros de bebida guardaram-lo como velhos amigos. Em poucos minutos, o espadachim desistiu em meio das promessas de "a bebida mais forte que você já provou!".

E então havia Luffy. O capitão, alheio a qualquer nuance de perigo ou estratégia, comportava-se como se tivesse sido libertado de uma prisão onde a comida era apenas uma lenda. Sua boca mastigava incessantemente pedaços enormes de carne, seu rosto brilhando de gordura e satisfação. Sua barriga inchava a cada garfada, assumindo proporções alarmantes, como um balão chegou a estourar. Se alguém tentasse alertá-lo sobre a estranha hospitalidade, provavelmente seria recebido com um grunhido satisfeito e um pedaço de carne estendido como oferecido.

Gin, Johnny e Yosaku permanecem como sombras logo atrás de Axton, seus olhos varrendo a multidão com cautela. Axton havia sido claro com eles: Whiskey Peak não era o paraíso acolhedor que aparentava. Estava infestado de caçadores de piratas da Baroque Works, disfarçados de cidadãos festivos. A ordem era clara: observar e estar pronto para a ação a qualquer momento. Rook, com seus olhos arregalados de admiração por Axton, também se mantinha por perto, absorvendo cada detalhe do comportamento de seu mestre.

Em meio à cacofonia da festa, Vivi conseguiu discretamente afastar Igaram para um canto mais reservado. A princesa estava séria, sua voz de urgência. "Igaram, precisamos sair daqui. Precisamos ir embora agora. Axton encontrou em ajudar Alabasta."

Igaram, com seu penteado característico, extravagante e bagunçado pela atmosfera da festa, acenou com a cabeça, seus olhos fixos no jovem que ria despreocupadamente com alguns dos "habitantes" da ilha. Ele ainda se lembrava vividamente do dia em que conheceu Axton. Piratas ousados ​​atacaram o navio real, piratas fortes com Akuma no Mi poderosos que quase os afundaram. E então, um portal gigante surgiu sob o navio dos atacantes, engolindo-o por completo. A explicação casual de Axton sobre estar rastreando aqueles piratas por dias após eles atacarem uma pequena ilha e simplesmente os "jogar em um incêndio" ainda lhe causava arrepios. Ver o jovem agora, rindo em meio aparente aparente, só aumentou sua apreensão.

"Entendo, Princesa", respondeu Igaram, com voz baixa e preocupada. "Você contornou a ele... tudo? Sobre a Obra Barroca? Sobre quem estamos enfrentando?" A ideia de envolver piratas em seus problemas foi arriscada, mas a desesperança os levou a essa situação. Enfrentar um Shichibukai como Crocodile não era algo para ser levado levianamente.

"Sim, Igaram," confirmou Vivi, seu olhar específico. "Eu contei a Axton e sua tripulação tudo o que eu sabia, e eles concordaram em nos ajudar. Mas precisamos sair daqui rápido. Com Axton ao nosso lado, podemos ter uma chance de parar a rebelião antes que ela aconteça. Arrume suas coisas, vamos embora."

Igaram não hesitou. A confiança de Vivi em Axton, por mais provável que parecesse, era sua única esperança. Ele se demorou no banquete, dirigindo-se à casa que lhe fora designada, com a intenção de reunir seus pertences o mais rápido possível.

Mas o destino, sempre caprichoso, tinha outros planos. Ao sair de sua residência, com uma pequena mala em mãos, Igaram avistou um navio que acabara de atracar no porto. A figura inconfundível com um "5" estampado na jaqueta e a silhueta peculiar de um guarda-chuva emparelhando acima de tudo não deixavam dúvidas. Era o navio do Sr. 5 e sua parceira, Miss Valentine.

E então, uma voz feminina melodiosa, transmitida de um sarcasmo gélido, ecoou do céu acima.

"Onde pensa que vai com essas coisinhas, Sr. 8? Ou devo chamá-lo de Igaram, Capitão da guarda real de Alabasta?"

Ao fim da frase, uma risada zombeteira, quase infantil, escapou dos lábios da loira que flutuava preguiçosamente no céu, sustentada por sua guarda-chuva peculiar. Igaram percebeu, naquele instante, que sair de Whiskey Peak não seria uma tarefa fácil. A festa, para eles, estava prestes a levar um boato muito mais sombrio.

 Autor: Pessoal desculpa ficar sem postar nada, meu pc foi para o concerto e escrever no celular é horrível, mas consegui pegar ele hoje, e aqui está o capitulo espero que tenham gostado.

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