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Chapter 6 - O Primeiro Acordo

Sentamos de volta no armazém, em volta de uma mesinha dobrável, como dois velhos conhecidos fechando um negócio qualquer.

Baek Hojin largou uma velha maleta enferrujada sobre a mesa e abriu, revelando uma pilha pequena de contratos amarelados.

Ele tirou um papel e empurrou para mim.

— Aqui está o acordo — disse, casualmente. — Leitura opcional. Confiança obrigatória.

Peguei o contrato e comecei a ler com cuidado.

Basicamente, eu seria um auxiliar.

Meu trabalho seria: carregar materiais, ajudar a montar acampamentos, ficar de vigia — e, claro, sobreviver.

Em troca, receberia uma parte dos lucros das caçadas e um salário fixo mensal.

Li a quantia.

Era menos do que eu esperava.

Mas... ainda assim, três vezes mais do que eu fazia lavando pratos.

— Isso é o que paga um auxiliar? — perguntei, hesitante.

Baek riu.

— Garoto, no começo você é mais peso morto do que ajuda. Esse salário é bom demais, acredite.

Suspirei.

Assinei.

Era isso ou voltar a vê-la definhar sem fazer nada.

— Então — disse Baek, recolhendo o papel. — Nosso primeiro destino será uma parte da Terra Espelhada onde poucos ousam pisar.

Ele abriu um velho mapa rasgado, apontando uma região marcada em vermelho.

— Vamos caçar uma Espécie Terrestre Primordial: o Kongmoru.

Arregalei os olhos.

— Kong... o quê?

Ele sorriu, como se saboreasse o nome.

— Kongmoru. Uma raça de macacos humanóides ancestrais.

Fortes como montanhas, rápidos como vendavais, e... — fez uma pausa dramática — ...capazes de provocar terremotos com os punhos.

Senti um calafrio na espinha.

— Vamos... caçar isso?

— Mais ou menos — disse ele, relaxado. — Primeiro, vamos passar um bom tempo lá dentro.

Você precisa despertar seus talentos antes de pensar em enfrentar qualquer coisa desse nível.

Meu coração batia forte de nervosismo e excitação.

Eu realmente ia entrar na Terra Espelhada.

Mas então, me lembrei.

Eunha.

Minha irmã.

Meus olhos baixaram para o chão.

— Senhor Baek... — comecei, hesitante. — Minha irmã está... doente. Eu... eu preciso vê-la todo dia.

Ela não tem mais muito tempo...

Minha voz falhou.

O armazém ficou em silêncio.

Baek me olhou por alguns segundos, o sorriso preguiçoso desaparecendo.

Então, deu um leve suspiro.

— Você terá uma hora por dia.

Ergui a cabeça, surpreso.

— Eu... sério?

— Regras são regras, garoto. E a primeira regra aqui é: não se esqueça de quem você está tentando salvar.

Ele pegou algo do bolso — um pequeno relógio de bolso antigo — e colocou em cima da mesa.

— Usaremos isso para regular seu tempo.

Quando der sua hora, voltamos para o mundo normal. Sem desculpas.

Segurei o relógio com cuidado.

Não era apenas um objeto.

Era a promessa de que eu ainda teria tempo para estar ao lado dela.

— Obrigado... Senhor Baek.

Ele riu.

— Senhor Baek nada. Me chame de Hojin, ou de "chefe", se preferir.

Levantei a cabeça, sentindo o peso da responsabilidade... mas também a luz da esperança.

Era oficial.

Eu estava entrando para aquele mundo brutal.

E faria qualquer coisa para me tornar forte.

Por ela.

Por nós.

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