Jane, com a ajuda de seu mentor, o Dr. Erik Selvig, e sua estagiária, Darcy Lewis, levou Thor para um hospital local para ser examinado. Sua fisiologia asgardiana, mesmo enfraquecida, confundiu os médicos terrestres. Sua força ainda era considerável, embora muito menor do que ele estava acostumado, e sua resistência a ferimentos parecia além do normal para um humano.
Enquanto os médicos o examinavam, Jane e Selvig trocavam olhares intrigados. A história de Thor sobre ser um deus banido de um reino celestial soava como fantasia, mas a estranha energia detectada em sua queda e sua constituição incomum sugeriam algo mais. Selvig, em particular, sentia uma familiar ressonância com histórias de outras dimensões e energias cósmicas, lembranças fragmentadas de seu encontro com Loki e o Tesseract.
Após ser liberado do hospital, Thor ficou sob os cuidados de Jane. Ele observava o mundo mortal com uma mistura de desdém e crescente curiosidade. A tecnologia rudimentar, os costumes estranhos e a aparente fragilidade dos humanos contrastavam fortemente com a grandiosidade e a longevidade de Asgard. No entanto, a gentileza e a inteligência de Jane, a erudição excêntrica de Selvig e o sarcasmo peculiar de Darcy começaram a romper as barreiras de sua arrogância.
Jane estava fascinada pela descrição de Asgard e dos Nove Reinos, vendo paralelos com suas próprias teorias sobre pontes de Einstein-Rosen e outras dimensões. Selvig, cautelosamente, compartilhava algumas de suas lembranças confusas sobre energias cósmicas e seres além da compreensão mortal. Darcy, por sua vez, via Thor como um experimento científico ambulante, mas não conseguia esconder um certo divertimento com sua falta de familiaridade com o mundo moderno.
Enquanto Thor se adaptava (ou tentava) à vida na Terra, ele ansiava por Mjolnir. Sentia sua falta como se fosse um membro perdido, não apenas como uma arma de poder incomparável, mas como um símbolo de sua linhagem e de seu direito de primogenitura. Ele sabia, no fundo de seu coração, que somente ao provar ser digno ele poderia levantar o martelo novamente.
A notícia de um objeto estranho caído no Novo México chegou aos ouvidos de Jane. As leituras de energia eram anômalas, e a área estava isolada por uma organização governamental misteriosa. A intuição de Jane gritava que aquele objeto poderia estar conectado a Thor.
Com Selvig e Darcy relutantemente a reboque, Jane levou Thor para o Novo México. Ao chegarem à área isolada, encontraram uma instalação improvisada da S.H.I.E.L.D. cercando um objeto cravado no chão: Mjolnir.
A visão do martelo despertou uma fúria e um desespero em Thor que ele não sentia desde seu banimento. Ele tentou se aproximar, mas foi impedido pelos agentes da S.H.I.E.L.D., liderados por um homem de um olho só que se apresentou como Nick Fury.
Fury observava Thor com cautela, seus sentidos aguçados pela estranha energia que emanava dele e pela intensidade de sua reação ao martelo. Ele havia sido informado sobre a queda de um objeto não identificado e a subsequente aparição de um indivíduo com força e resistência incomuns. A conexão era óbvia.
Thor tentou levantar Mjolnir, estendendo a mão com esperança renovada. Mas o martelo permaneceu imóvel, cravado na terra como se estivesse preso por forças além de sua compreensão. A inscrição em sua lateral parecia zombar de sua situação: "Aquele que empunhar este martelo, se for digno, possuirá o poder de Thor."
A humilhação o atingiu com força. Ele não era digno. Sua arrogância e sede de poder o haviam despojado não apenas de seu reino, mas também de sua própria identidade.
Naquele momento de desespero, a S.H.I.E.L.D. o prendeu, considerando-o uma ameaça potencial. Thor, o outrora orgulhoso Príncipe de Asgard, encontrava-se agora cativo em um mundo estranho, despojado de seu poder e de sua dignidade, com seu símbolo de poder inatingível à sua frente. Sua jornada na Terra havia se tornado não apenas uma busca por seu caminho de volta para casa, mas uma provação de seu próprio caráter.